Overview | Expo Revestir – 2025

De 10 a 14 de março, o São Paulo Expo foi palco de uma verdadeira imersão no futuro da arquitetura, do design e da construção. Em sua 23ª edição, a Expo Revestir 2025 reafirmou sua posição como a maior feira de revestimentos e acabamentos da América Latina, agora com um novo formato de visitação que reflete o dinamismo e a transformação constante do setor. Mais de 300 marcas nacionais e internacionais ocuparam 65 mil m² com lançamentos, tecnologias e soluções que desenham os próximos capítulos do mercado. Foram registradas 82 mil visitações de profissionais especializados, incluindo arquitetos, designers, construtores, lojistas e compradores internacionais. A divisão inédita entre dias voltados exclusivamente a negócios e dias abertos ao público profissional favoreceu encontros estratégicos e mais de mil reuniões comerciais ao longo do evento.

Mais do que uma vitrine de produtos, a Expo Revestir 2025 consolidou-se como um verdadeiro espaço de inteligência compartilhada e conexões de valor. Talks inspiradores, experiências imersivas promovidas pelo FIER+ e os prêmios que reconhecem a excelência criativa — como o Best In Show e o Destaque Expo Revestir – Revista Anamaco — mostraram como inovação e criatividade caminham juntas para moldar o futuro da construção e do design. Com presença de expositores e visitantes de mais de 50 países, a feira reforçou sua relevância internacional e sua capacidade de antecipar movimentos.

Entre os estandes que se destacaram pela experiência sensorial e pelo cuidado com cada detalhe, a Pedras Mundiais chamou atenção ao transformar sua participação em um convite à permanência. Referência nacional no mercado de revestimentos e finalista do prêmio Best In Show, a marca apostou em uma atmosfera acolhedora, com cores quentes, materiais naturais — como pedras, madeiras e tecidos — e uma decoração que fazia os visitantes se sentirem em casa. O bem-estar guiou a experiência de uma exposição criativa: quem passava por ali podia, inclusive, levar amostras para casa, dispostas em uma estante de madeira que também funcionava como vitrine de possibilidades. A ação reafirma que, mais do que tendência, a valorização da experiência já se tornou um novo padrão no setor.

Mais do que uma tendência estética, a conexão com a natureza vem se consolidando como uma diretriz essencial no universo da arquitetura e do design. Na Expo Revestir 2025, essa aproximação ganhou forma em estandes que uniram beleza, funcionalidade e responsabilidade ambiental. Um exemplo é a Docol, que reutilizou pela terceira vez a estrutura em madeira laminada colada (MLC) em seu espaço de 1300m² — um projeto assinado pelo BLOCO Arquitetos. A estrutura, que já rendeu à marca o prêmio iF Design, é agora palco de uma ambientação repensada, com luz natural filtrada por telhas translúcidas e o protagonismo da água como elo entre design, bem-estar e consciência ecológica. O conceito se estende a peças como o novo chuveiro Chu-á, criado por Alan Chu, que resgata lembranças afetivas dos banhos ao ar livre e celebra a afetividade como parte do design.

Mais do que uma tendência estética, a conexão com a natureza vem se consolidando como uma diretriz essencial no universo da arquitetura e do design. Na Expo Revestir 2025, essa aproximação ganhou forma em estandes que uniram beleza, funcionalidade e responsabilidade ambiental. Um exemplo é a Docol, que reutilizou pela terceira vez a estrutura em madeira laminada colada (MLC) em seu espaço de 1300m² — um projeto assinado pelo BLOCO Arquitetos. A estrutura, que já rendeu à marca o prêmio iF Design, é agora palco de uma ambientação repensada, com luz natural filtrada por telhas translúcidas e o protagonismo da água como elo entre design, bem-estar e consciência ecológica. O conceito se estende a peças como o novo chuveiro Chu-á, criado por Alan Chu, que resgata lembranças afetivas dos banhos ao ar livre e celebra a afetividade como parte do design.

Esse olhar atento ao impacto ambiental também esteve presente em toda a operação da feira, que em 2024 destinou mais de 370 toneladas de resíduos para reciclagem — um número que deve crescer ainda mais em 2025 com novas ações integradas. A Interlight, por exemplo, trouxe a biofilia como centro de sua proposta com um estande repleto de materiais naturais e soluções de iluminação pensadas para ampliar a sensação de conforto em ambientes internos e externos. A experiência reafirma que a integração com o meio ambiente não é mais um diferencial, mas um novo padrão: pensar sustentabilidade é, cada vez mais, pensar em como projetar com responsabilidade, sensibilidade e visão de futuro.

Com texturas sofisticadas e inspirações que atravessam tempo e geografia, os porcelanatos foram protagonistas de lançamentos que unem beleza, técnica e funcionalidade. Um dos grandes destaques da Expo Revestir 2025 foi o Mocaccino da Torino, da Portobello, vencedor da categoria “Melhor Porcelanato”. Medindo 1,60 x 1,60 metros, a peça integra a Breccia Collection, inspirada nos relevos do norte da Itália. O design reproduz um mosaico de pedras e gemas preciosas, formando um tipo de patchwork geológico. É uma solução imponente, com apelo estético atemporal e perfeita para ambientes que pedem identidade e sofisticação.

Outro produto que chamou atenção e conquistou o prêmio “Design Brasil – Porcelanato” foi o Taj Mahal, da Roca Cerámica. Inspirado no quartzito brasileiro de mesmo nome, originário da região de Uruoca (CE), o revestimento apresenta veios orgânicos e texturas suaves em uma paleta que transita entre o bege claro e o dourado. Em formato de 1,20 x 2,50 metros, ele traduz com elegância a força da natureza em superfícies versáteis, ideais para composições contemporâneas que valorizam luz, amplitude e continuidade visual.

Combinando inovação técnica e riqueza visual, essas peças refletem um movimento do setor em busca de soluções que vão além da função básica do revestimento. São superfícies que contam histórias, provocam sensações e elevam o design de interiores a um novo patamar de expressão.

Uma tendência que ganhou destaque na Expo Revestir 2025 foi a monomaterialidade — o uso de um único material de forma contínua em pisos, paredes, bancadas e até mobiliário. Essa abordagem promove uma sensação de amplitude, leveza e integração entre os espaços, valorizando as qualidades estéticas e sensoriais dos materiais. Um exemplo disso é o material citado anteriormente, o revestimento Taj Mahal, da Roca Cerámica, que, com suas texturas suaves e veios orgânicos, foi aplicado em ambientes completos, reforçando a continuidade visual e trazendo sofisticação atemporal às composições contemporâneas.

Outro destaque que ilustra o conceito de monomaterialidade é o mármore Napoleon Bordeaux, da Michelangelo Mármores do Brasil, concorrente na categoria Melhor Rocha Natural. Extraído em território nacional, esse raro mármore vermelho impressiona pela beleza única, baixa absorção e durabilidade. Com peças de 3,00 x 1,80 metros, ele já é protagonista em projetos de referência, como lojas da Gucci e o Hotel Rosewood em São Paulo. Sua aplicação em grandes superfícies valoriza a unidade visual dos espaços e ainda contribui para a conquista do selo LEED, unindo elegância e responsabilidade ambiental.

Se por um lado os tons neutros e minerais seguiram dominando boa parte das propostas para interiores, por outro, cores vibrantes e superfícies expressivas também marcaram presença. Em uma abordagem que conecta arte e arquitetura, a linha Haptic, desenvolvida por Vik Muniz para a Portobello, apresentou uma leitura poética da cerâmica. A coleção traz a leveza da aquarela e a delicadeza do papel por meio de texturas realistas e nuances suaves, resultando em superfícies que convidam ao toque e à contemplação.

No mobiliário e nos painéis decorativos, a cor também ganhou protagonismo. A linha Áris, da Guararapes, trouxe duas novas tonalidades para 2025: Azul Marinho e Ametista. Enquanto o azul profundo remete à tranquilidade e ao mistério das águas oceânicas, o tom marsala da ametista imprime sofisticação e exclusividade aos ambientes. Além do apelo estético, os MDFs da linha contam com acabamento superfosco, toque aveludado e uma tecnologia exclusiva que aumenta a resistência à abrasão, ao calor e até à radiação UV — perfeitos para espaços que exigem beleza e durabilidade.

E como um respiro de brasilidade, a Nina Martinelli levou o prêmio “Design Brasil – Revestimento Cerâmico” com o Due Vecchio Terracota. Com forte referência aos saberes dos povos originários e à conexão ancestral com a argila. Em formato de 0,28 x 0,28 m, com facetas que lembram pequenos tijolos, a peça combina cerâmica natural, insumos reciclados e dupla queima, resultando em uma textura rústica e orgânica que valoriza a autenticidade em um tons terrosos.

O evento contou com um olhar inovador sobre os revestimentos vinílicos. A Teto Vinílico, marca referência em inovação para revestimentos sustentáveis, apresentou a linha Vini, destacando-se com modelos como o Vini Brise e o Vini Ripado, que aliam durabilidade, versatilidade e impacto visual. Produzido 100% em material vinílico, o Vini Brise oferece proteção solar, conforto térmico e privacidade para áreas externas, ao mesmo tempo em que reproduz com fidelidade a textura e o calor visual da madeira. Já o Vini Ripado incorpora a estética natural em fachadas, paredes e tetos — inclusive em áreas com alta umidade, como cozinhas e banheiros. Com fácil instalação, resistência a intempéries e livre de manutenção, esses produtos representam uma evolução significativa para projetos que demandam soluções inteligentes e conscientes.

A Expo Revestir 2025 reforça o quanto o design de interiores e a arquitetura seguem evoluindo para além da estética, incorporando valores que conectam inovação, sensorialidade, sustentabilidade e expressão cultural. Ao aplicar os conceitos apresentados — da textura como protagonista à presença das cores afetivas, passando por soluções integradas e materiais com propósito — é possível transformar espaços em experiências autênticas e significativas. O evento, ano após ano, segue apontando caminhos para criar projetos com impacto real na vida das pessoas, onde a escolha de material carrega além da função, intenção.