[VAREJO] Estratégias de marcas com AR

A realidade aumentada (augmented reality, AR, em inglês) vem sendo apontada como uma forma importante de divulgação e utilização de produtos e serviços desde 2020. Ainda nesse ano, falava-se de peças que poderiam ser “provadas” por meio de RA, assim como roupas desenvolvidas especialmente para o uso em um contexto digital. O que iniciou com a adesão de marcas vanguardistas hoje atrai marcas consolidadas, até mesmo da categoria de marcas de luxo. 

Essa proposta se dá, de forma quase universal, pelo desejo de atrair públicos jovens e de atingir classes sociais variadas. De acordo com uma pesquisa de consumidores realizada mundialmente pelo Google em 2019, 66% das pessoas dizem que estão interessadas em usar o AR para ajudar nas compras. Com uma pesquisa realizada pela Deloitte, o percentual de usuários frequentes de realidade aumentada deve chegar a 75% em 2025.

Para o Business of Fashion,  juntamente a outras tecnologias digitais, a AR  “tem a oportunidade de transformar a interação e a experiência do cliente”. A inovação por esse meio pode se tornar um diferencial para os clientes, que vêm se tornando mais cautelosos por conta da alta no custo de vida e de uma nova recessão econômica pós-pandemia. Portanto, além da funcionalidade dos produtos, a sua divulgação segue com uma extrema importância, observada desde o início do marketing até o marketing 4.0. Assim como a colaboração de empresas tem sido empregada nas passarelas, a união de companhias de moda e do setor de tecnologia e afins, incluindo plataformas onde os produtos podem ser observados.

Uma das principais empresas com estratégias nesse setor atualmente é o Snapchat – que, apesar de ter tido uma queda em usuários no Brasil, segue extremamente relevante em países populosos. Campanhas estreladas a partir do Snap entre marcas como a Nike e a Dior se mostraram positivas em termos de retorno para as empresas, ilustrando a diversificação de marcas que podem apostar nesse setor, especialmente quando se trata de um público Gen Z.

Como mencionado, a principal forma de utilização de AR se dá por meio da prova virtual. Tendo em vista as marcas de luxo, essa ferramenta cria a sensação de proximidade com o produto é capaz geral um sentimento de posse e, consequentemente, de desejo de uma forma tangível. Essas experiências de uso, além da própria prova, possibilitam a inserção do usuário em uma narrativa referente a peça apresentada, agregando um valor sentimental ao produto.

Além da Nike e Dior, Gucci, Prada e Tiffany também foram marcas que embarcaram na ideia de trazer as suas criações para a AR, incluindo ainda a mais recente adição, a Cartier. Em seu projeto, a Cartier transporta os espectadores para a ponte Alexandre III, em Paris, onde é possível visualizar o relógio Tank e suas diferentes versões ao longo de quatro períodos diferentes – desde 1917, quando o acessório foi criado, passando por 1936 e 1977 até chegar em 2023. Além de divulgar a marca e a peça em questão, a experiência entretém o usuário e o envolve na história da empresa, demonstrando a tenacidade de seus designs e o seu legado.

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