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Transformar referências em inovação

Transformar referências em inovação: o segredo para se destacar no mercado criativo

Por Paula Giacomoni Bragagnolo

Todo processo criativo começa com um ponto de partida, frequentemente uma referência: uma imagem inspiradora, um conceito que ressoa ou uma tendência que desperta interesse.

Logo, a diferença entre um projeto marcante e uma repetição está na capacidade de transformar referências em inovação. Trata-se de ir além da estética, traduzindo ideias em soluções relevantes, originais e alinhadas a contextos específicos.

No universo do design, da arquitetura, da moda e de outras áreas criativas, o risco do “mais do mesmo” é constante. Afinal, a internet facilitou o acesso a um oceano de inspirações – basta um scroll no Instagram ou Pinterest para acessarmos milhares de possibilidades visuais. 

Entretanto, essa abundância também trouxe um desafio: como se destacar em um mercado saturado de imagens semelhantes?

A resposta está na curadoria estratégica e no olhar profundo, que são a essência da atuação da PGB. Nosso princípio é claro, pois acreditamos que a referência não é destino, é ferramenta. Quando bem utilizada, amplia possibilidades, rompe limites e orienta caminhos.

O que significa transformar referências em inovação?

Transformar referências em inovação vai além da admiração por algo visualmente impactante. É decodificar os significados por trás de uma linguagem estética.

Sobretudo, é interpretar os sinais que revelam comportamentos, desejos, valores e movimentos culturais. A partir dessa leitura, nasce algo novo, com propósito, com densidade e com autenticidade.

E entendemos que esse processo exige sensibilidade, mas também precisa de método. A inovação verdadeira combina pesquisa, análise crítica, intenção clara e domínio técnico. Nesse ponto, o Core Design e a curadoria estratégica atuam como bússolas, orientando a criação diante de múltiplas possibilidades.

Na PGB, aplicamos essa abordagem em todos os projetos: do mapeamento de tendências em eventos internacionais, como o iSaloni, à construção de narrativas para marcas brasileiras que buscam diferenciação.

O risco de copiar sem contexto

A pressão por resultados rápidos ou a ânsia por estar “na moda” leva muitos profissionais a reproduzir referências de forma superficial. O resultado? Espaços, coleções e campanhas visualmente atraentes e impecáveis, mas vazias de significado. Ou seja, impressionam no primeiro olhar, mas não deixam memória.

Dessa forma, copiar uma linguagem estética sem entender o que a motivou, ou sem adaptá-la ao seu próprio contexto, pode ser um erro estratégico. 

Uma cadeira com design escandinavo pode parecer contemporânea, mas será que a peça dialoga com o clima, o comportamento e os hábitos do público brasileiro? Um espaço inspirado em galerias japonesas pode ser minimalista e elegante, mas será que esse ambiente sustenta a rotina de quem o frequenta?

É por isso que insistimos ao dizer que a pesquisa não pode ser um banco de imagens, precisa ser um recurso estratégico, uma lente de leitura do mundo.

Quando a dobra virou linguagem

Essa habilidade de olhar além da superfície e buscar o significado por trás das formas se revela, por exemplo, em projetos que conseguem traduzir conceitos em experiências espaciais. 

Imagine uma livraria contemporânea desenvolvida por um estúdio de design brasileiro. Durante a fase de pesquisa, surgiram imagens de estantes escultóricas, com formas orgânicas e onduladas, evocando a leveza do papel dobrado.

Mas, em vez de simplesmente adotar a estética como está, a equipe se perguntou: por que essas formas estão aparecendo com tanta frequência? O que elas comunicam, de fato?

Essas perguntas abriram caminho para uma leitura mais profunda: a dobra como metáfora para a narrativa em camadas, a fluidez da leitura contemporânea e o constante movimento entre o físico e o digital.

A partir disso, o projeto ganhou uma nova densidade. Cada curva do espaço passou a carregar intenção. Cada material, uma camada de discurso.

O resultado foi um ambiente que emocionava sem explicar demais, que contava histórias sem usar palavras, e que, por isso, tornou-se referência no setor. Um espaço que, ao invés de repetir tendências, soube transformar referências em inovação.

Leia também: Inteligência de Tendências: o que pequenas empresas precisam saber para crescer com consistência?

Qual o papel da curadoria estratégica?

O exemplo anterior nos mostra que inovar exige mais do que repertório, é necessário ter critério. Nesse sentido, uma curadoria estratégica seleciona o que importa em meio ao excesso de estímulos.

Na PGB, essa curadoria cruza cultura, economia e comportamento com os desejos e necessidades dos públicos de interesse. Durante eventos como o iSaloni, nosso foco não está apenas no que está em alta, mas no que pode transformar práticas e provocar novas formas de pensar.

A estética é sempre acompanhada de sentido. Por isso, nossos relatórios e workshops não mostram apenas o que aconteceu, mas por que aconteceu, para quem faz sentido e como aplicar nos projetos com consistência.

Um processo aplicável a todos os criativos

Essa metodologia beneficia profissionais de todas as áreas criativas:

  • um designer de interiores pode usá-la para reinventar materiais;
  • um estilista, para captar sinais comportamentais e construir coleções com narrativa;
  • um estrategista de marca, para alinhar o discurso visual ao posicionamento.

Em todos os casos, o diferencial está em abandonar o piloto automático e adotar um olhar analítico e sensível sobre o que inspira. Afinal, quando se entende o que uma referência comunica, ela se torna ponto de partida para uma criação verdadeiramente autoral.

Muito além do moodboard

O uso de moodboards é comum, e útil na maioria dos casos. Mas, sem critério, esses recursos se transformam em meros atalhos para fórmulas saturadas. Um bom processo criativo se alimenta, portanto, de profundidade e diversidade, não apenas de estética.

Como vimos até aqui, inovar é mais sobre interpretação do que invenção. É conectar pontos que ainda estavam soltos – e que precisavam ser ligados. Em outras palavras, inovar exige método, repertório e sensibilidade.

Leia também: Decisões estratégicas baseadas em tendências: como profissionais criativos podem aplicar insights reais?

Quer aprofundar esse olhar?

Para quem busca aprimorar o processo criativo, transformar o uso de referências e se destacar com projetos mais consistentes, autênticos e estratégicos, o próximo passo está no Membership PGB.

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