Temática – Resorts

A busca pela originalidade está nas artes 

Originalmente criadas para atender às necessidades de seus clientes em temporadas de viagem e lazer, as coleções Resort, também conhecidas como Cruise, são coleções de moda lançadas entre as temporadas de outono/inverno e primavera/verão. Com caráter descontraído, costumam seguir um estilo mais casual, com peças leves, cores vibrantes e tecidos fluidos, como algodão, linho e viscose. Com o tempo, elas evoluíram e se tornaram coleções de meia-estação, com peças que podem ser utilizadas tanto para viagens quanto para o dia a dia.  Com a recente crise do luxo, devido a diversos fatores econômicos e sociais, grandes marcas e conglomerados de luxo têm enfrentado grandes desafios, como competição acirrada, busca por produtos mais acessíveis, mudanças de comportamento do consumidor e a necessidade de adaptação às novas demandas tecnológicas e de mercado. A busca pela intimidade e fortalecimento do relacionamento com clientes fez com que afamadas Maisons desenvolvessem novas narrativas, que fossem inovadoras e que encantassem o público. Embora sejam campos com linguagens próprias, a moda e a arte sempre andaram lado a lado, e na temporada onde a busca por reconectar as raízes da humanidade e a reinvenção são os objetivos centrais, as áreas das artes e suas inúmeras formas de expressão, são a chave para ascensão.

Um espetáculo teatral

Nicolas Ghesquière trouxe uma Louis Vuitton ricamente adornada e teatral. Inspirada pela arquitetura gótica do Palais des Papes, a coleção trouxe tecidos que refletiam cores e elementos encontrados em obras de arte e decorações do quarto papal, túnicas medievais que revisitavam tempos arturianos e vestidos suaves à lá Joana d’Arc em jersey metálico que reluziam sobre a passarela.

Fonte: WWD.   
Fonte: WWD.   
Fonte: WWD.   

Fantásticas estampas botânicas

Por trás das suntuosas golas de renda branca, das rosas e das tulipas que compuseram a coleção de primavera da Erdem, há o retrato de Maria Sibylla Merian, pioneira naturalista alemã do século XVII, conhecida por suas ilustrações de insetos e plantas. 

Fonte: Vogue.
Fonte: Vogue.

Um retorno à cidade de Nova York

Victoria Beckham apostou em tons terrosos suaves com toques vibrantes inspirados nas obras do pintor Francis Bacon. O artista revolucionou o modo de pintar a figura humana, trazendo imagens cruas e perturbadoras em suas obras. Beckham se inspirou na paleta de cor de Francis para construir uma coleção sóbria, com vestidos justos de corte enviesado e alfaiataria robusta. Quanto às silhuetas, Beckham inspirou-se na dança, uma de suas primeiras paixões.

Fonte: WWD.     
Fonte: WWD.     
Fonte: WWD.     

Celebrando o passado, ressignificando o futuro

Gucci retornou à sua cidade natal. A marca, que foi fundada por um artesão florentino, revisitou suas raízes na capital toscana para apresentar sua coleção Cruise. A cidade de Florença foi originalmente chamada de Florentia, que em latim significa florescente, além de ser o berço do Renascimento, motivos resultantes para a Maison retornar à cidade, após temporadas de vendas em queda e críticas em suas coleções. Ademais, a coleção tem uma alma cinematográfica que se reflete em parte na escolha da música, referindo-se à trilha sonora do filme de Claude Lelouch, “Um Homem e uma Mulher”, de 1966.  

Fonte: WWD.
Fonte: WWD.
Fonte: WWD.

Roteiro digno de cinema

Dior também trouxe referências Renascentistas e cinematográficas. A Villa Albani Torlonia, complexo privado do século XVIII, que abriga uma prestigiosa coleção de antiguidades gregas e romanas, se tornou o verdadeiro cenário cinematográfico para o desfile. Maria Grazia Chiuri, assinante da coleção, canalizou as profundas referências históricas do local com uma sequência de trajes dignos de uma princesa renascentista, com peças em uma paleta dominada por branco e creme, vestidos com silhueta coluna e agasalhos andrógenos.

Fonte: Elle. 
Fonte: Elle. 
Fonte: WWD.

Uma ode ao duradouro caso de amor de Roma com o cinema

O Hotel Villa D’Este no Lago de Como foi cenário para o inesquecível Romy Schneider vestindo designs de Gabrielle Chanel em seu filme de 1962 “Boccaccio 70” e palco para a exibição da coleção Cruise da marca este ano, trazendo o poder da narrativa. Além de refletir a atmosfera presente no filme, marcada por puritanismo, a coleção trouxe, em contrapartida, a revolução de costumes, opondo uma moda mais irreverente e moderna, com mini saias de tweed em tom de glicínia que combinava com as flores do terraço e vestidos curtos de tafetá em tom pêssego. A equipe não ignorou os elementos-chave da Chanel, as camélias e os colares de pérolas também estavam presentes.

Fonte: WWD.
Fonte: WWD.
Fonte: WWD.

Do otimismo ao escapismo

Roberto Cavalli sempre foi sobre escapismo, e desta vez, não foi diferente. O atual diretor criativo Fausto Puglisi elevou o nível e entregou extravagância visual com doses de otimismo, muito necessária em tempos sombrios e difíceis, por meio de blocos de cores impactantes, mistura de estampas e um toque de brilho dourado. Inspirado pela cena Art Déco multicolorida, transmitiu frescor com suas cores vibrantes e ornamentação geométrica com camisas de seda gráficas.

Fonte: WWD. 
Fonte: WWD. 
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors