Ao longo dos últimos anos tem ocorrido uma democratização de modelos e tamanhos. Enquanto peças plus-size eram encontradas apenas em lojas específicas e especializadas, hoje lojas de vestuário contam com uma grade de tamanhos ampla. Empresas buscam tecnologias que auxiliem em atributos ergonômicos, físicos e psicológicos, que busquem atender às demandas dos consumidores. Durante toda a história da sociedade, incluindo a contemporânea, mulheres eram impostas ou, recentemente, recomendadas, a seguir uma série de elementos que alegadamente comportavam suas características gerais, como a sua altura e formato de corpo. Hoje, além de tamanhos variados, algumas marcas vêm apresentando peças de mesmo tamanho, porém desenvolvidas para pessoas de alturas diferentes, onde a ideia geral é criar roupas que fiquem da mesma forma nos mais diferentes corpos.

A divulgação e implementação das tabelas para padronização de peças para mulheres pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) em 2021 pode ser considerado um dos pontos que auxiliam na diversificação de tamanhos. Tabelas de tamanhos padronizadas possibilitam uma base para que outras alterações de medida, em termos de comprimento, sejam incluídas. Entretanto, segmentar os corpos apenas como “retângulo” e “colher” não é o suficiente na elaboração de roupas voltadas para o público brasileiro. As diferenças entre as brasileiras de acordo com cada região do país, estado e até mesmo local dificilmente é levada em consideração no desenvolvimento, apesar da variação de altura e outras questões que possam impactar a vestibilidade da peça.

AYM
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Uma pesquisa do IBGE, de 2008, apontava para uma mediana de altura de 156 cm e 158 para boa parte dos estados do Norte e Nordeste, enquanto que os números para toda a região Sudeste e parte do Sul ficavam entre 162 cm e 164 cm. Dada essa diferença, que pode ser ainda maior contemporaneamente, marcas apostam na personalização de peças, possibilitando ao cliente a escolha do comprimento de suas peças. Dados da Twilio, de 2023, apontam que 21% dos consumidores relatam que tendem a desembolsar um valor maior quando a experiência de consumo é personalizada.

As principais marcas que oferecem peças de tamanho personalizável incluem lojas focadas na confecção de calças, como a OFFlimits by Maps, Ateliê das calças e RI19. As medidas que são informadas chegam a incluir o comprimento de pernas (comprimento total da peça) e entrepernas, além do gancho e são promovidas como “calças para mulheres altas”. No exterior, marcas como a AYM oferecem vestidos em opções de comprimento petite, regular e alta, além de oferecer o serviço de alteração de comprimento para consumidores em Londres, por meio de uma parceria com o Sojo Tailoring, que oferece a coleta, reforma e entrega das peças.

OPORTUNIDADES

  • Aplicação em diversas peças de vestuário, com foco para peças inferiores como saias e calças;
  • Personalização de produtos na etapa de venda e não pós-venda, como no caso de peças que possuem ajuste após a compra;
  • Economia de tempo desprendido para a produção completa da roupa, por meio da eliminação da etapa de ajuste.

INSIGHTS

  • Variações de tamanhos para além do plus size;
  • Alcance de um maior público sem a necessidade do processo de criação de novos produtos.
  • Possibilidade de visualização de maior detalhes do público consumidor.
  • Possibilidade de visualização de maior detalhes do público consumidor.

REFERÊNCIAS

IBGE, 2008. Medianas de altura por estado brasileiro. Disponível em:

https://sociedadedosindividuos.files.wordpress.com/2018/12/mapa.png

Twilio, 2023. Relatório do Engajamento do Cliente. Disponível em:

https://uploads.onsize.com.br/cndl/varejosa/2023/05/12153841/Final_SOCER_2023_ptBR.pdf

O Globo, 2023. Consumidores priorizam experiência personalizada.

https://oglobo.globo.com/patrocinado/dino/noticia/2023/11/28/consumidores-priorizam-experiencia-personalizada.ghtml

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