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Regeneração estética

Regeneração estética: o novo código visual da criatividade com propósito

Por Paula Giacomoni Bragagnolo

A regeneração estética inaugura um novo capítulo nas tendências criativas contemporâneas. O movimento revela uma resposta visual, sensorial e simbólica a um mundo em exaustão – e a uma sociedade afetada por um mal silencioso: a ecoansiedade.

Segundo Paula Bragagnolo, diretora criativa da PGB Inteligência, essa macrotendência representa uma forma de regenerar emocionalmente os indivíduos, propondo uma estética que acolhe, reequilibra e reconecta. 

Com base em pesquisas internacionais, comportamentos emergentes e experiências reais de mercado, Paula posiciona a regeneração como uma linguagem de futuro, que orienta o design, a moda, a arquitetura e a inovação com mais empatia, consciência e propósito.

O que é o design regenerativo?

O ponto de partida para entender a regeneração estética está no conceito de design regenerativo. Inspirado por propostas como o Life Centered Design (Design Centrado na Vida), esse modelo desloca o foco do ser humano como centro das decisões para uma perspectiva mais ampla: a da vida como um todo.

Muito além da sustentabilidade, que busca minimizar impactos negativos, a regeneração propõe devolver ao mundo mais do que retiramos dele. Ou seja, é sobre criar com impacto positivo, reintegrando a produção humana aos ciclos naturais e restaurando ecossistemas. 

Para as indústrias, é um desafio. Para os criativos, uma urgência. E para marcas, uma oportunidade de gerar valor com propósito real.

Ecoansiedade e estética como cura simbólica

A regeneração estética não é uma mera tendência, pois também atua como um antídoto simbólico à ecoansiedade, um estado emocional marcado por angústia, culpa e incerteza diante do colapso ambiental. Ao propor soluções visuais e materiais que dialogam com a natureza, o conceito regenerativo comunica responsabilidade, mas também acolhe.

Essa linguagem oferece um espaço de reconexão e esperança. Em vez do apelo alarmista, propõe uma estética que cura, toca e reconecta. Assim, ajuda a transformar sensações difusas em ações conscientes.

Quais são as características visuais da regeneração estética?

A regeneração em âmbito estético passa por diferentes aspectos, como:

  • Textura, imperfeição e organicidade;
  • Caos controlado e composição espontânea;
  • Paleta de cores regenerativas.

Entenda!

Textura, imperfeição e organicidade

A regeneração estética não é limpa, minimalista ou altamente polida. Pelo contrário, seu conceito celebra a imperfeição como autenticidade. Texturas rugosas, superfícies que imitam o tempo, materiais que revelam suas camadas: tudo isso comunica o retorno à terra, à matéria viva e ao toque humano.

Caos controlado e composição espontânea

Há uma lógica de “caos organizado” que permeia a regeneração estética. Assim, elementos aparentemente desconexos ganham força quando compostos com intenção, refletindo a complexidade do mundo natural. Assimetrias, sobreposições e desníveis criam um visual que não tenta agradar, mas sim existir.

Paleta de cores regenerativas

Os tons regenerativos fogem dos clássicos verdes. A paleta vai do ocre ao musgo, do tom de ferrugem ao marfim. São cores que representam a ação do tempo, a passagem das estações e a força silenciosa da natureza em constante transformação.

Regeneração estética na prática: exemplos e inspirações

O universo criativo já abraça essa linguagem em diferentes frentes:

  • Moda: cada vez mais marcas, inclusive as grandes maisons, usam o upcycling como proposta estética e simbólica;
  • Design de produtos: estúdios exploram formas orgânicas e materiais biodegradáveis para traduzir a integração entre natureza e tecnologia;
  • Arquitetura: projetos biofílicos e construções feitas com matérias regenerativas são o novo luxo – silencioso, integrado e essencial.

Como a regeneração estética pode ser um diferencial de marca?

Em um mercado saturado, a regeneração estética se destaca por sua verdade simbólica. Marcas que traduzem seu propósito em escolhas visuais conscientes conquistam um público cada vez mais sensível às causas socioambientais, que está disposto a se engajar com marcas que emocionam.

É um movimento que exige mais arte do que marketing. Afinal, as empresas precisam fazer escolhas estéticas que toquem e se tornem inesquecíveis porque carregam verdade. Em resumo, regenerar também é sobre curar, reconectar, lembrar que somos parte de um todo.

Para além da estética: regeneração como mentalidade

A regeneração estética é apenas a face visível de uma mudança mais ampla, que aponta para um novo lugar criativo, mais empático, conectado e humano. Um lugar onde marcas, designers, arquitetos e artistas são agentes de cura simbólica e transformação real.

Essa visão norteia o trabalho da PGB Inteligência, que há anos aposta na regeneração como lente estratégica para inovação com significado. Seus estudos, publicações e eventos ajudam empresas e criativos a fazerem parte desse novo tempo, com estratégia, beleza e propósito.

Vivencie a regeneração estética na prática

Quer transformar sua forma de criar e aplicar esses conceitos com profundidade?

No dia 16 de agosto de 2025, Porto Alegre será palco do Cenários da Regeneração, promovido pela PGB Inteligência. O evento acontece na Fábrica do Futuro e reúne os principais nomes da inovação estética e cultural do Brasil.

Com auditórios de conteúdo, área de negócios e experiências sensoriais, o Cenários é o espaço ideal para quem quer entender como o conceito regenerativo pode inspirar projetos criativos mais conscientes, poderosos e alinhados ao futuro.

Garanta já o seu ingresso e prepare-se para viver essa transformação estética e simbólica de perto.

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