Com seis dias de evento, que ocorreram entre Manhattan e o Brooklyn, as apresentações das coleções desta temporada ocorreram majoritariamente de forma presencial. Como cenário para os desfiles, muitas marcas optaram por lugares espaçosos e característicos da cidade, como a Biblioteca Pública de Nova York e o célebre Solomon Guggenheim. Apesar de diversos elementos encontrados nas peças permaneceram os mesmo de anos anteriores, as marcas trouxeram uma grande mistura de materiais, acabamentos e estampas, deixado de lado a estabilidade visual que vinham induzindo previamente – trazendo looks com uma boa semelhança daqueles tradicionalmente vistos em desfiles de Londres, onde a experimentação é a palavra-chave.
Materiais
Os materiais foram um ponto de destaque por meio de texturas, com tecidos como o cetim (Jason Wu, Tory Burch) – que possivelmente teve o maior crescimento nas coleções recentes – e outros materiais acetinados (Altuzarra) ou que criavam algum tipo de brilho, como paetês/lantejoulas (PatBo, Michael Kors, Theory). Além disso, o pelo foi utilizado e, especialmente, o couro – material principal de vários vestidos, saias longas e casacos, como na coleção de Khaite, Proenza Schouler, Gabriela Hearst e Simkhai.
Muitos outros materiais foram explorados, com coleções que passaram longe das lãs frias e materiais com aspecto similar das últimas temporadas – preferindo também lãs com um acabamento rústico. Apesar da inclinação para peças comerciais e um tanto quanto “polidas”, os tecidos- em conjunto com as estampas- apontavam para um desejo de criar roupas voltadas para diversas ocasiões que expressassem de forma mais direta a imagem que as marcas e seus respectivos clientes desejam passar.
Estampas
Como mencionado, outro elemento de diferenciação desta temporada foi o amplo uso de estampas, que decoravam a maioria das roupas vistas nas passarelas – predominando o uso de estampas corridas ou localizadas que eram grandes o suficiente para cobrir uma parte considerável da roupa, aparecendo pela Rodarte e Thom Browne.
O que se manteve de outras temporadas foi o uso de listras (especialmente em preto e branco), vistas nas coleções de Carolina Herrera, Coach e Alice + Olivia, e xadrez, presente nas peças de Collina Strada. Paisley, brocados, geométricos e estampas abstratas também marcaram presença, assim como o uso de bordado em pedraria, utilizado por Simkhai, PatBo. e Area.
Cores
Pantone
Entre as cores utilizadas nas estampas e na composição das peças em si, a Pantone apontou em uma cartela com uma predominância de cores quentes e subtom quente, profundidade média/alta e baixa/média saturação, com um aspecto fortemente outonal. Opções de bege (Badgley Mischka), rosa/roxo, magenta (Christian Siriano), bordô (Prabal Gurung, Puppets and Puppets), terracota (Ulla Johnson), laranja (Altuzarra) e mostarda (Rodarte) compunham essa cartela, acompanhada de tons como roxo azulado (Zankov), verde azulado (Alejandra Alonso Rojas) e verde lima (Tory Burch, Heron Preston).
Entre os clássicos, a Pantone definiu tons como branco, cinza claro (Thom Browne), azul marinho (PH5), caramelo (Michael Kors, Luar) e preto acastanhado (Cinq à Sept) com as cores principais.
Silhueta
Tratando-se da silhueta, houve uma preferência das marcas por roupas estruturadas, reservando uma ampla movimentação para peças de malharia. Entre as principais peças estavam casacos longos e vestidos mini, algumas vezes utilizados no mesmo styling e com cintos sobre o casaco, como no caso de Proenza Schouler.
Peças
Além disso, houve uma breve aparição de babydoll – apresentados por Alexander Wang, Anna Sui e Dion Lee, populares na última temporada. Apesar da forte presença de designs estruturados, babados – como visto nas coleções de Batsheva, Coach, Alexander Wang, ou drapeados – de Christian Siriano e Prabal Gurung, foram elementos explorados pelas marcas, criando pontos de suavidade nas coleções.
