Entre os conceitos a serem trabalhados em 2023, wellness é potencialmente o mais popular e também o mais abrangente. Estabelecido amplamente durante a primeira onda da pandemia de Covid-19, e com o aumento do custo de vida, o conceito de bem-estar passou a reinar do que se refere principalmente às áreas de saúde física e mental, por conta do ambiente inóspito instaurado no período mundialmente. Frente a isso, de acordo com a companhia McKinsey, consumidores planejam seguir investindo em projetos voltados para a sua saúde de forma geral, incluindo produtos de nutrição, sono, condicionamento físico e beleza. Essa priorização é cotado como o próximo normal, tendo a inclusão de elementos tecnológicos e de customização como fatores definidores.
A Forbes aponta para a relevância de abordagens holísticas e sustentáveis, baseadas em produtos com comprovações sólidas de eficácia, nas rotinas de autocuidado atuais, deixando de lado modas passageiras. Nas dietas, além do crescimento da adoção de dietas vegetarianas, há também a acessão de dietas chamadas de flexitarianismo – ou semivegetarianismo- e reducitarianismo – que buscam reduzir o consumo de carnes e produtos de origem animal, evitando também produtos industrializados. Segundo dados do Google Trends, o termo “semivegetarianismo” teve um aumento de 130% nos últimos 12 meses. A priorização de produtos plant-based relaciona-se ainda com a tendência de consumir produtos locais e a adoção de um estilo de vida “lixo zero” – reforçando o elemento de sustentabilidade.
Outras práticas que levam a uma vida saudável e vêm sido incorporadas ao dia-a-dia de diversas pessoas são atividades físicas de baixa intensidade, sendo a caminhada a possivelmente mais praticada. O cuidado com a saúde mental também é um fator importante – dado este cenário onde encontra-se um aumento de quadros de depressão e ansiedade na população geral, tendo um impacto moderado a alto, dependendo do país a ser analisado. No Brasil, uma pesquisa realizada pela ABPS (Associação Brasileira de Psicologia da Saúde) entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021 com 121 profissionais de psicologia, apontou que 83,5% dos psicólogos ouvidos notaram uma maior demanda de pacientes durante o período de pandemia.
Saindo da área de cuidados com a saúde mental e física, de cuidados com funcionamento do organismo, há ainda uma preocupação social com a saúde física voltada para a estética. Para o Statista, o consumo de maquiagem diminuiu 19% de 2019 para 2020, com o setor representando apenas 16% do mercado global de cosméticos. Contra isso, as vendas de produtos para a pele dispararam – representando 42% do mercado global em 2022, com uma previsão de atingir uma receita anual de cerca de US $131 bilhões em 2026 – demonstrando como os dermocosméticos se tornaram imprescindíveis nas rotinas de autocuidado.
