[VAREJO] NFT Factory: galeria física de NFTs

Os NFTs (non-fungible token) tiveram sua criação datada em meados de 2014, despertando a atenção dos interessados em blockchain por volta de 2017. Mas foi só em 2018 que a plataforma Ethereum adicionou em seu sistema um suporte para NFTs, ajudando a popularizar o assunto. Um dos primeiros projetos foi o CryptoPunks, coleção lançada em 2017 pelo Larva Labs, e identificada como o início da comercialização dos NFTs.

Com o ápice de buscas sobre NFT em janeiro de 2022 no Google Trends, a pergunta “o que é NFT” também ficou em segundo lugar no ranking Top 10 dos assuntos mais buscados no Google no Brasil no ano passado. Obviamente, as marcas – principalmente relacionadas à moda de luxo – não perderam tempo e começaram a investir em coleções mesclando o mundo virtual com o físico. No formato utilizado por essas empresas, onde os NFTs são acompanhados por ativos do mundo real, cria-se uma história e maximiza-se o potencial de aumento de valor ao longo do tempo, além de criar um meio de garantir a autenticidade de um item. Seja no ambiente físico ou virtual, ainda se mantém a narrativa de prestígio da marca, atrelada à história, bem como a limitação da quantidade de itens comercializados, mantendo a premissa de exclusividade.

De olho na necessidade da união entre o online e o offline, e vislumbrando um futuro – muito próximo, diga-se de passagem – onde os dois mundos coexistem, nasceu um novo espaço dedicado à arte dos NFTs e à educação Web3. Localizada em frente ao Centro Pompidou em Paris e criada por um coletivo de 128 membros fundadores, a NFT Factory foi projetada para educar o público em geral sobre ativos digitais, mostrar a arte NFT e fortalecer a presença francesa da NFT por meio de um local físico no centro cultural da capital francesa.

“A NFT Factory nasceu da necessidade de reunir os principais atores e atrizes dos NFTs, na arte, mas também nos jogos, no luxo, nas finanças e no metaverso”, diz Lucie-Éléonore Riveron, diretora administrativa da NFT Factory. Esses espaços físicos dedicados à Web3 permitem que os cripto-cliques se reúnam, mas também fazem com que os NFTs pareçam mais acessíveis ao público amplo e desconhecedor de cripto. A exposição inaugural “Factory: Première!” apresentou 50 peças com curadoria das próprias coleções de NFT dos cofundadores. O espaço também abriga eventos semanais, como mesas redondas sobre arte criptográfica, um clube de comédia criptográfica e palestras sobre legislação e empreendedorismo, além de planejar oferecer treinamento Web3 para indivíduos e empresas.

A estética da galeria é visivelmente projetada para criar uma experiência no público, com a utilização de cores vivas e iluminação neon, remetendo ao visual dos jogos virtuais. As obras de NFT são distribuídas em telas, nada muito diferente do layout já conhecido dos museus, porém, com a inclusão da tecnologia de forma mais ativa. Com isso, é possível observar a importância das experiências. Mesmo com todo o avanço do comércio online nos últimos anos, ainda torna-se necessário criar espaços que mesclam o virtual com o físico para proporcionar aos consumidores uma maior experimentação, e até mesmo uma dose mais de credibilidade.

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