[MODA] Milano SS 24

A semana de moda de Milão, que na edição de Primavera/Verão ocorreu entre 19 e 25 de setembro, é reconhecida pela forte presença da alfaiataria e o uso de suas peças clássicas. Essa visão foi reforçada na última temporada, onde o “quiet luxury” usufruiu de uma grande popularidade. Nesta temporada, a alfaiataria seguiu como uma técnica e estilo amplamente explorados, porém em modelagens diferentes das clássicas. Como exemplo disso, muitas marcas, como MSGM, Philosophy Official by Lorenzo Serafini, Antonio Marras, Calcaterra e Etro, apostaram em camisas e blazers amplos. Essas peças eram combinadas com calças retas, como tradicionalmente são, ou com hot pants/shorts, forma em que foram vistas em desfiles da Gucci, Bally, Bottega Veneta, GCDS.

MSGM
Gucci

Utilizando essas ou outras peças, a maior parte dos looks dos desfiles e photobooks eram monocromáticos, algo que vem se mantendo há algumas temporadas e em diversas cidades do circuito de moda. Como nos eventos das cidades anteriores, Copenhagen, Nova York e Londres, looks monocromáticos em branco aparecem em peso – sejam em branco puro, como de Ferrari, Versace, Beatrice B., Blumarine e Sportmax, ou creme, a exemplo de Blazé Milano e Ermanno Scervino. O intenso uso do branco também foi avistado em roupas com detalhes em preto, ou ao contrário, como em coleções de Aniye Records, Dolce & Gabbana, Ferragamo e Tom Ford. Já Jil Sander, Anteprima, Blumarine, Ermanno Scervino, entre outras marcas, também escolheram o bege como cor neutra dentro de suas cartelas.

Sportmax
Dolce _ Gabbana
Ermanno Scervino

Outras claras compõem diversas das cartela de cores do evento. Tons de azul pastel, algumas vezes chamado de powder blue em inglês, ganharam destaque nesta edição, empregados em uma ampla lista de marcas que inclui Fendi, Gucci, Aigner, Alberta Ferretti, Emporio Armani e Ferragamo. O azul marinho apareceu de maneira mais pontual do que o azul claro, porém esteve presente como uma importante alternativa entre os tons escuros, presente nas roupas de Max Mara, Lisa von Tang e The Attico.

Fendi
Max Mara
Versace

Assim como o azul, duas variações de amarelo foram importantes nesta edição – sendo uma suave e clara, de Loro Piana, Del Core, MSGM, Nº21, e outra vibrante de Mantù, Philipp Plein. Outras cores vibrantes e de profundidade média que foram utilizadas com frequência incluem o laranja, nas coleções de Fendi, Luisa Beccaria, Missoni, Shuting Qiu, e o verde, presente nos desfiles de SaraWong, Gucci e Chiara Boni La Petite Robe.

Loro Piana
Philipp Plein
Missoni

Quanto aos materiais, tecidos transparentes como o chiffon, organza e voal foram a escolha de Sportsmax, Prada, Blumarine, Andreādamo. O cetim, apareceu nas coleções de Boss, Chiara Boni La Petite Robe, Del Core e Giorgio Armani, porém a sua adoção, em quantidades de peças, foi menor se comparada com as de marcas de outras cidades desta temporada. Já materiais metalizados, que também foram explorados em Nova York e Londres, se tornaram importantes em looks da Blumarine, Prada, Act Nº1, Brunello Cucinelli e Genny.

Blumarine
Prada

Compondo uma parcela pequena do vestuário apresentado, as estampas florais foram a principal escolha entre os padrões, fazendo parte das coleções de Alberta Ferretti, Antonio Marras, Avavav, SaraWong, Vivetta.

Alberta Ferretti
Antonio Marras,
Roberto Cavalli

Cores em degradê/gradiente, que haviam sido populares em temporadas passadas, retornam em peças de uma lista de marcas, incluindo Roberto Cavalli, Laura Biagiotti, Alessandro Enriquez, Alessandro Vigilante e Cividini.

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