Reconhecida por receber marcas que costumam investir em peças não convencionais, a semana de moda de Londres da temporada de Primavera/Verão movimentou a capital entre 14 e 19 de setembro. Apesar dessa inclinação das marcas por produtos tão diferentes dos que são apresentados nas semanas de moda de outras cidades, as coleções vêm introduzindo peças comerciais com uma maior frequência do que em anos anteriores. Ainda assim, a variedade de referências e elementos encontrados ao longo do evento seguem amplas.
Quanto às cores, apontada novamente pela Pantone como uma das opções dentro da cartela de cores clássicas, o tom Brilliant White (11-4001 TCX) fez parte de algumas coleções como as de Richard Quinn, Di Petsa e Chet Lo. Apesar desse branco ser menos explorado neste evento, em comparação com Nova York e Copenhague, a cor segue com uma grande relevância.
Outras cores vibrantes de profundidade apontadas pela empresa que foram adotadas pelas marcas incluem o Sun Orange (16-1257 TCX), de Emilia Wickstead e Roksanda, e o Horizon Blue (16-4427 TCX), de JW Anderson e Edeline Lee.
Ainda quanto às cores indicadas pela Pantone, cores mais claras e menos vibrantes da cartela incluíam o verde Charlock (12-0530 TCX), presente nos desfiles de Mains e Molly Goddard, além do bege Brush (16-1317 TCX), das coleções de JW Anderson e Molly Goddard.
Entre cores profundas, o verde oliva foi uma escolha relevante, sendo visto nas passarelas de Emilia Wickstead, JW Anderson, Erdem e Fashion East.
No styling, a exemplo dos looks de Richard Quinn, Chopova Lowena e Stefan Cooke, a utilização de cintos e fitas na cintura foi ampla. Esse acessório foi utilizado a fim de criar uma marcação da cintura ou como forma de quebra de silhueta, sendo utilizados em cores monocromáticas (especialmente preto) ou contrastantes. Antagonicamente às quebras, a presença de roupas em silhueta I, que criavam uma forma alongada, foi frequente, sendo vistas nas coleções de Fashion East, Richard Quinn e Bronx and Banco. Essa silhueta foi criada pelo amplo uso de vestidos e conjuntos de saia e blusa com comprimento midi e longo.
Outro elemento, encontrado em vestidos sem mangas de Burberry, Tove, Edeline Lee e Fashion East foi o decote assimétrico. Junto a esse tipo de decote ou isoladamente, o drapeado foi uma técnica explorada por algumas marcas, incluindo Burberry, Tove, Edeline Lee, além de David Koma, respectivamente.
A silhueta A, criada por saias volumosas, também foi exibida regularmente ao longo do evento, compondo as peças de Simone Rocha, Chopova Lowena, Erdem, Roksanda e Richard Quinn. Para a criação das silhuetas, a aposta das marcas, a exemplo de Roksanda, Richard Quinn e Supriya Lele, foi em tecidos leves como o cetim – assim como visto em Nova York nesta temporada – e tule, sendo que os materiais foram utilizados sobre armações ou em diversas camadas.
Outros tecidos leves, porém transparentes e foscos, foram escolhidos por diversas marcas, incluindo Simone Rocha, Yuhan Wang e também Molly Goddard. Nomeadamente, esses tecidos incluem opções como chifon, musseline e até mesmo renda.
Diferente das peças que vêm sendo apresentadas em outras cidades do circuito de moda, houve um grande uso de estampas no vestuário apresentado em Londres. Apesar disso, a variação de padrões foi ampla e mesmo estampas dentro da mesma temática – como a floral – possuíam resultados díspares, o que pode ser visto em uma comparação entre as estampas de Burberry e Erdem.