Enquanto a logomania vem perdendo relevância no vestuário, ela tem sido explorada de forma mais sutil na joalheria. Nesse área da moda, na verdade, o que tem ganhado evidência são gemas com lapidação fantasia , utilizando o monograma das marcas no seu formato. Além disso, lapidações personalizadas ou até mesmo gravações em gemas se tornam uma opção de personalização, tornando a peça ainda mais exclusiva.
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A lapidação é classificada como uma forma de beneficiamento como um atributo que é capaz de expressar o melhor que uma gema tem a oferecer. Apesar da lapidação cabochão, uma versão onde a gema resultante possui duas faces lisas (podendo ser retas ou abauladas), ser explorada há séculos, a lapidação brilhante, responsável pelo corte da maior parte das gemas atualmente, só foi desenvolvida a pouco mais de um século.
Resultante de uma longa evolução, a lapidação brilhante foi criada em 1919, pelo engenheiro e designer tcheco Marcel Tolkowsky, a fim de maximizar o brilho do diamante. A lapidação, que possui os parâmetros ideais para a lapidação do diamante com um formato redondo, também é adaptada para outros formatos e minerais. Alguns formatos, como em gota, triângulo e oval, são considerados tradicionais, já outros são inovadores.
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Buscando criar produtos únicos, marcas apostam em desenvolver lapidações revolucionárias, que se alinhem com as próprias marcas. Dentro disso, marcas de luxo como a francesa Louis Vuitton e a franco-chinesa Qeelin hoje incluem no seu portfólio de produtos joias com diamantes no formato de seus monogramas. Além de representar as próprias marcas, representam significados culturais.
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De acordo com informações da LV, a estrela de quatro pontos simboliza fortuna, enquanto a flor de quatro pétalas representa a alegria. A empresa ainda descreve os seus monogramas como “símbolos com poder universal” e considera que eles “acrescenta[m] qualidade talismânica a uma coleção de joias”. Entre os produtos que utilizam essa nova lapidação encontram-se um anel solitário e um pingente.
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Já no caso da Qeelin, em que todos os elementos de design são baseados em histórias da cultura chinesa, a lapidação criada possui o contorno de um hulu, um símbolo de positividade e esperança. Para a marca, o símbolo é “tradicionalmente associado à saúde e ao sucesso, enquanto seu formato ‘8’ convida à riqueza e ao infinito”. Assim como na LV, esse formato de diamante foi incorporado em um anel e um pingente, que contam, ainda, com diamantes em lapidação brilhante ao seu redor.
Além de monogramas, novas lapidações utilizam o formato de ícones diversos ou formatos não convencionais. Empresas como a Dayagi Diamonds investem em opções como de animais (a exemplo de cavalos, borboletas, touros, gatos, coelhos, patos e até mesmo ursos de pelúcia), além de estrelas e nuvens. Essas lapidações permitem que mesmo joias simples, como solitários, se tornem opções criativas para consumidores (que vem aumentando numericamente) que buscam tais produtos inovadores.
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