Iluminação de Papel

A mistura de estilos complementares no design gera como resultado novos visuais que mesclam características para formar combinações que podem ser aplicadas em diferentes contextos. É o caso do Japandi, que junta os estilos nórdico/escandinavo com o japonês, dando ênfase para um minimalismo renovado, que favorece a utilização de itens bem planejados.

Bombori

Um dos itens de destaque do design oriental são as famosas lanternas de papel.  Chamadas de Chōchin ou Bonbori, possuem origem chinesa que se estende por mais de 2.000 anos, com a tradição de utilização se espalhando para outros países asiáticos como Japão, Taiwan e Coreia, até chegar ao ocidente.

Com uma releitura atual que destaca a aplicação de materiais sustentáveis e processos artesanais, as luminárias de papel voltaram a aparecer com opções personalizadas e visuais artísticos. A aplicação em tons claros e neutros, como brancos e beges, em alguns casos até sem tingimento do papel, torna esses itens fáceis de adaptar em diversos ambientes e estilos, garantindo um toque de arte discreto

As oportunidades de aplicação das luminárias de papel são inúmeras, envolvendo collabs com artistas visuais, destacando a utilização de materiais sustentáveis e a valorização dos produtos feitos de forma artesanal, além de serem peças atemporais, que se encaixam nos mais variados espaços de forma facilitada.

A Moooi, marca conhecida por seus designs únicos, criou a Serpentine Light, uma luminária pendente criada com reviravoltas elaboradas. O projeto de iluminação originou-se de torcer e virar um pedaço de papel, brincando com a tensão e o fluxo natural. As linhas escuras criam o efeito de uma espiral ascendente sem fim, enquanto o fluxo e a curva do material quase translúcido difunde a luz uniformemente.

Moooi
zarahome
zarahome

Outra marca mundialmente conhecida, a Ikea lançou o Krusning, com o slogan “Tire este abajur da caixa e personalize-o”. Feito de papel, ele pode ser moldado de acordo com a escolha do cliente,  criando seu próprio design com as camadas de papel, resultando em uma luz difusa e decorativa. Com um design parecido, a Zara Home também possui um modelo de pendente feito de papel, com um visual minimalista e requintado.

etsy

Aqui no Brasil, as luminárias de papel já apareceram na CASACOR SP 23, em ambientes onde se tornaram o destaque visual, mostrando que é possível adaptar o design do oriente para o ocidente. As peças da Kumo Lamps, são feitas com papel de arroz pelo artista Thomaz Velho.

kumolamps
kumolamps
casacor

O Cafe Constance, destaca os pendentes de “tutu”, que  lembram saias de dançarinas, penduradas no teto deste café em uma escola de balé de Montreal. O foco principal era criar algo verdadeiramente caloroso e extravagante no coração de um edifício institucional contemporâneo. Em contraste com as grandes extensões de vidros e acabamentos em concreto do edifício, o Atelier Zébulon Perron optou por uma abordagem teatral para construir uma espécie de espetáculo que fosse bastante literal, e assim foi feita a escolha das luminárias de papel de “tutu”.

Atelier Zébulon Perron
Atelier Zébulon Perron

E mostrando a versatilidade, Yuko Nishikawa faz modelos de luminárias com argila e conchas de papel, suspendendo-as no teto para criar composições oníricas em seu projeto “You See a Sheep”. A coleção em tons pastéis compreende uma série de luminárias pendentes amorfas e vasos inspirados em conceitos fantasmagóricos. Cada lâmpada abriga uma fonte de luz dentro de seu invólucro de cerâmica feito à mão, que é suspenso no teto por um fino fio de metal. Nishikawa fabrica cada lâmpada misturando fibra de papel com argila úmida e transformando-as em conchas ocas e bulbosas usando uma técnica de enrolamento, escolhida para destacar a superfície irregular e o formato irregular de cada desenho.

Yuko Nishikawa
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