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Identificação de tendências

Identificação de tendências: como aplicar apenas o que é relevante e duradouro?

Por Paula Giacomoni Bragagnolo

Imagine estar diante de uma vitrine que muda a cada segundo. Uma avalanche de estéticas, paletas, slogans e objetos disputando sua atenção – todos clamando ser “o futuro”. Mas qual deles, de fato, merece atravessar a porta do seu processo criativo?

No mercado atual, no qual tudo parece tendência e nada se sustenta por muito tempo, o verdadeiro diferencial não está em seguir o novo, mas em saber reconhecer o que realmente importa. Separar o efêmero do consistente, o ruído da sinalização legítima, é uma habilidade cada vez mais valiosa – e rara.

É aí que entra a identificação de tendências, não como moda passageira, mas como um exercício de escuta profunda do presente e leitura estratégica do que está por vir. Afinal, quem cria para durar precisa enxergar além do agora.

Neste artigo, vamos entender por que essa capacidade é decisiva para profissionais da moda, do design, da arquitetura e de todos os demais setores criativos.

Além disso, vamos compartilhar critérios práticos, exemplos reais e como a curadoria da PGB pode ser sua aliada para transformar informação em direção – com inteligência, sensibilidade e relevância.

O que é identificação de tendências?

A identificação de tendências é o processo de observar, mapear e interpretar sinais, estéticos, comportamentais, tecnológicos ou culturais, que indicam transformações relevantes no tempo. 

Diferentemente de um modismo, que surge de forma repentina e muitas vezes superficial, uma tendência verdadeira tem lastro. Ou seja, nasce de um acúmulo de sinais, responde a uma necessidade coletiva e, dessa forma, apresenta potencial de permanência.

Essa leitura exige sensibilidade, pesquisa contínua e, acima de tudo, uma capacidade de análise crítica que conecta o que se vê ao que se vive. 

No mundo do design, da moda, da arquitetura, isso significa ser capaz de traduzir movimentos em soluções criativas, funcionais e alinhadas com o espírito do tempo. No entanto, sem cair na armadilha da repetição estética.

Como posso identificar uma tendência?

A base da identificação de tendências começa pela escuta atenta do presente. Não estamos falando apenas de estar em dia com o que aparece nas redes sociais ou nas vitrines de grandes feiras (embora isso também faça parte). 

Estamos nos referindo à observação profunda de padrões de comportamento, mudanças sociais, novas demandas, tanto emocionais quanto culturais, que começam que começam a se manifestar em diferentes pontos do globo e até mesmo em setores distintos.

A seguir, confira alguns critérios práticos que ajudam a separar o que é modismo do que é tendência de verdade e amplie o seu olhar.

Origem e recorrência

Tendências relevantes costumam surgir de forma orgânica e aparecer simultaneamente em diferentes segmentos. Se uma mesma linguagem começa a emergir na moda, no design de interiores e na publicidade, há um sinal de consistência.

Resposta a uma necessidade coletiva

Enquanto os modismos costumam nascer da viralização, as tendências consistentes respondem a um desejo ou inquietação mais profunda da sociedade. Entre os exemplos, temos a busca por bem-estar, sustentabilidade e sensação de pertencimento.

Capacidade de adaptação e reinvenção

Ao contrário de um modismo passageiro, que logo cai no esquecimento, uma tendência sólida se desdobra em novas versões com o tempo, sem perder sua essência. O minimalismo, por exemplo, já passou por diversas releituras, mas sua lógica base permanece.

Relevância para o seu contexto criativo

Aqui está um ponto importante, afinal, nem tudo o que é tendência global precisa ser incorporado ao seu trabalho. É fundamental, para o processo, saber filtrar o que faz sentido para sua marca, seu público e sua proposta.

Leia também: Empresas resilientes: por que inovação sem escuta não sustenta o futuro?

Como fazer análise de tendências de forma estratégica?

Como vimos, analisar tendências vai além de reconhecer padrões visuais. É um processo que envolve uma postura investigativa que busca entender o “porquê” por trás do “o quê”. Ou seja, significa mergulhar em referências culturais, acompanhar movimentos sociais, estar atento à tecnologia e às novas formas de consumo.

Quer saber como essa análise se aplica na prática em alguns setores? Acompanhe a seguir! 

Moda

Nos últimos anos, vimos a ascensão de movimentos, como o quiet luxury – uma tendência que reflete o desejo de discrição, qualidade e atemporalidade em vez de ostentação. 

Nesse contexto, marcas como The Row, das irmãs Olsen, Mary-Kate e Ashley, e da marca parisiense Lemaire captaram esse espírito com peças que priorizam cortes perfeitos e materiais nobres, sem logomarcas. 

Enquanto uma leitura rasa desse movimento poderia levar alguém a criar uma coleção toda bege e lisa, uma análise crítica é capaz de identificar que o cerne dessa tendência está na valorização do essencial. Logo, essa ideia pode ser aplicada com diversas estéticas.

Arquitetura

Na arquitetura, o uso crescente de materiais reciclados e a valorização de imperfeições naturais não são apenas uma escolha estética. É uma proposta que traduz uma tendência consistente de reaproximação com o orgânico, de resposta ao impacto ambiental e da busca por espaços mais sensoriais. 

Escritórios como o Studio MK27, comandado pelo arquiteto Marcio Kogan, têm feito isso com maestria, combinando sofisticação e consciência.

Design

No design, especialmente de interiores e mobiliário, notamos um aumento na presença de formas arredondadas, texturas suaves e elementos que remetem ao afeto. 

Esse movimento, que pode parecer apenas “fofo” à primeira vista, responde a um desejo coletivo por acolhimento em tempos instáveis. Ao compreender essa origem, é possível aplicar a tendência de maneira genuína e funcional, não apenas por estética.

Leia também: Afinal, qual a relação entre moda e arquitetura?

Como posso identificar as tendências de mercado com mais confiança?

A resposta está na curadoria. Em um mundo onde a informação é abundante (e muitas vezes rasa), o valor está na filtragem inteligente e na tradução estratégica dos sinais.

A PGB atua exatamente nesse ponto, conectando pesquisa de comportamento, estética, cultura e mercado para oferecer uma curadoria confiável, relevante e aplicável. 

Com uma equipe especializada em análise criativa, traduzimos tendências globais em leituras locais, oferecendo materiais e experiências que ajudam você a tomar decisões mais fundamentadas, ousadas e duradouras. Sempre pensando no que faz sentido para o seu negócio.

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