Caracterizada pelo refinamento dos looks, a Semana de Milão costuma contar com uma dose abundante de alfaiataria. Além do refinamento do acabamento e das peças, isso muitas vezes implica em uma silhueta estreita, como o que foi visto nos desfiles desta temporada. De modo geral, as marcas apareceram rejuvenescidas, carregando o DNA de forma mais atualizada e bem explorada.
TO WATCH
PEÇAS CHAVE E SILHUETAS
Dessa forma, conjuntos de blazers e calças costumam ser apostas constantes, mantendo-se como principais peças-chave na temporada, sendo modernizados pela utilização de cores da temporada, estampas ou – com menos frequência – tecidos, variando de acordo com as características da marca, presente em desfiles do Jil Sander, Ferragamo e Gucci. Vestidos retos também são um item constante, fazendo parte de coleções de marcas como Versace, Etro e Bottega Veneta.
Assim como nas semanas de NY e Londres, em Milão também houve a presença de peças que remetiam à lingeries, em desfiles como o da Prada, Versace e Sportmax. Em outras coleções, a exemplo da Diesel e Margiela, observou-se elementos similares, especialmente no uso de regatas e vestidos com alça extremamente fina, além da escolha de tecidos como o cetim e a renda.
SUPERFÍCIES E EFEITOS
MATERIAIS
O cetim apareceu ainda em outros tipos de peças, como em ternos e camisas, da Sportmax e Tod’s, respectivamente, assim como em peças variadas da Gucci, Dolce & Gabbana e Giorgio Armani. Outro tecido que foi amplamente explorado foi o Jeans, que compôs a maior parte das peças das marcas Bluemarine, Diesel, Bottega Veneta e GCDS, trazendo um ar casual. Já em materiais com aspecto festivo, houve o uso do metálico nos desfiles de Boss e Dolce & Gabbana.
A PALETA DA TEMPORADA
CORES
Fazendo outra comparação com as cidades anteriores do circuito de moda, na cidade italiana também se deu o uso de cores como o vermelho cereja, fazendo parte das coleções de Bluemarine, Prada e Moschino, e amarelo, de Max Mara e GCDS. Nesta edição, por sua vez, houve a forte utilização da composição de peças utilizando bege e preto, visto nos desfiles de Boss e Max Mara, bem como blocos dentro das apresentações com roupas brancas, de Margiela, Emporio Armani e Boss.
O verde jade, por sua vez, foi a cor suave mais popular, aparecendo nas peças da Gucci, Fendi e Max Mara. As cores se fazem extremamente importantes em um cenário onde a maioria das roupas eram lisas, combinadas em looks que muitas vezes eram monocromáticos ou bicromáticos.
