[DESFILE] Rosa: um follow up

Ainda em 2022, o rosa – especialmente em versões saturadas- ganhou destaque na Moda. Roupas rosas foram vistas no ano passado no vestuário feminino, masculino e nos trajes utilizados em premiações. Com a Pantone elegendo o Viva Magenta como a cor de 2023, que apesar de ser da família dos vermelhos muitas vezes pode se aproximar fortemente de tons de rosa, era de se esperar que variedades similares de rosa seguissem populares.

Rosa choque e magenta

O Pink PP que vimos na coleção de Outono/Inverno 22/23 da Valentino tornou-se a aposta de muitas marcas de moda nas coleções de Outono/Inverno 23/24, principalmente nas semanas de moda de Milão e Paris. Na edição italiana, Fendi, Gucci, Moschino, Emporio Armani utilizaram a cor em suas coleções, variando entre o rosa choque e o magenta.

Fendi
Emporio Armani
Gucci
Moschino

Na edição francesa a preferência maior foi por versões claras, Chanel, Rick Owens, Vaquera, Courrèges, Sacai e Loewe, apesar de tons vibrantes ou profundos também aparecem nas peças de Valli e Rochas.

Chanel
Rick Owens
Courrèges
Sacai
Loewe
Giambattista Valli
Giambattista Valli
Rochas

Pink clay

A presença do rosa claro em Paris foi tão alta que o Pink clay (Argila rosa) foi apontado pela WGSN + Coloro como uma das cinco principais cores da temporada nesta edição. Apesar da presença do rosa saturado ter sido grande em Milão, a WGSN também apontou a presença desse tom em Londres. Ambas as variações de cores foram aplicadas em materiais diversos, porém é possível visualizar que a escolha por tons médios/profundos e com saturação é associada a produções elevadas.

WGSN Zimmermann

Rosa saturado

A utilização do rosa saturado, desde as temporadas de 22 e 22/23, é vinculada ao Barbie core. Nesse conceito a hiper feminilidade é uma das temáticas centrais, materializada pela boneca da empresa Mattel que terá um filme lançado em 2023. Isso se relaciona também com uso do rosa nos anos 90 e 2000, como o que é visto no filme As patricinhas de Beverly Hills (1995) e Legalmente Loira (2001). Apesar do Barbie core ser construído em torno da hiper feminilidade, essa feminilidade é formada de forma inclusiva, como esperado de uma estética atrelada à Gen Z.

Pantone

Já a adoção de um novo tom de rosa nas passarelas vai de encontro com a utilização de tons que se assemelham aos de minerais – nesse caso, o quartzo rosa, evoluindo do rosa otimista para algo intimista e sutil. Além disso, o rosa claro e suave é apontado pela Pantone, no livro “O século XX em cores” de 2011, como uma das principais cores na moda da década de 40. Considerando que houve a forte presença de um design centrado em um conceito de recessão (aka recession core), o rosa é utilizado com um dos elementos que remete a este período histórico.

Pantone 2011

Rosa claro

Diferente da aplicação nas coleções de prêt-à-porter, as peças de Alta Costura de Primavera/Verão 23 – apresentadas no fim de janeiro, utilizavam o rosa claro em roupas de festa, principalmente em vestidos. Alexandre Vauthier, Elie Saab, Giambattista Valli, Antonio Grimaldi, Armani Privé e Jean Paul Gaultier foram as principais marcas nesta edição. Apesar da importância das cores nas roupas, a principal influência do rosa se deu na joalheria.

Alexandre Vauthier
Alexandre Vauthier
Elie Saab
Giambattista Valli
Antonio Grimaldi
Armani Privé
Jean Paul Gaultier

Joias

De modo geral, as marcas costumam apostar nas “3 grandes gemas coloridas”, Rubi, Safira e Esmeralda – e eventualmente adicionam variedades que remetam ao conceito da coleção, raramente incorporando cores ou tendências no geral que sejam recentes. Boucheron, uma das joalherias mais renomadas, além das gemas citadas, incorporou a Safira Rosa em sua coleção “Like a Queen”. Gucci, Dior e DeBeers, por sua vez, apostaram em uma mistura de gemas e cores, incluindo minerais rosa – demonstrando a potência da tendência e possibilidade de utilização de novos elementos até para públicos tradicionais.

Boucheron
Gucci
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