Desde 2021, os bureaus de tendência em cores vêm apontando para as temporadas de 2022, e mantendo-se para 2023, a presença de cores com inspiração em minerais. Sendo que um mineral é tido como “um sólido natural, inorgânico, homogêneo, de composição química definida, com estrutura cristalina”, incluindo assim gemas utilizadas na joalheria e outros materiais.
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APROFUNDAMENTO
A TEORIA DAS CORES
A cor, por sua vez, é composta por três pilares: matiz, saturação e brilho. Segundo a Pantone, a matriz é identificada como a família de cores ou o nome da cor (como vermelho, amarelo e azul), diretamente ligada ao comprimento de onda da cor. A saturação é uma medida da pureza de uma cor ou quão nítida ou sutil a cor aparece. Por fim, o brilho responde pela profundidade ou luminescência de uma cor; sendo que as áreas de um objeto com cores uniformes sob luz direta têm brilho mais alto do que as áreas na sombra.
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Além disso, as cores podem surgir com três características com conceitos similares: temperatura, intensidade e profundidade. Na temperatura há uma variação entre quente e frio, incluindo neutro-quente, neutro-frio e neutro – sendo que mesmo uma cor tipicamente quente pode possuir um subtom frio e vice-versa. Na intensidade o espectro varia entre vibrante e suave, sendo equivalente à saturação. Já na profundidade, é o equivalente à luminosidade, respondendo pela quantidade de cinza que se encontra na cor.
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Dentro disso, utiliza-se uma separação de cores por estação para agrupar cores com características que remetem às cores daquela estação. Sendo assim, as cores associadas à Primavera são quentes, claras e vibrantes, ao Verão são frias, claras e suaves, ao Outono são quentes, escuras e suaves e ao Inverno são frias, escuras e vibrantes. Essa divisão é muito aplicada em coloração pessoal, entretanto essa categorização pode ser aplicada para qualquer tipo de cartela de cores.
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SUAVES, PROFUNDOS E QUENTES
TONS MINERAIS
Dito isso, considerando as cores de minerais, pode-se encontrar materiais com as mais variadas classificações de cores. Entretanto, é possível afirmar que as cores com esta inspiração possuem uma tendência a terem a suavidade como uma de suas características. Entre as principais motivações para o uso das cores minerais, fala-se que elas promovem uma sensação de calma, conforto e confiança, pautados na sensação de otimismo – a partir de tons relacionados à natureza, nas suas mais variadas formas, aqui relacionadas com rochas e gemas. Isso pode ser visto nas referências que correspondem às apostas da Coloro, em parceria com a WGSN, como tendência para a temporada de Outono/ Inverno 22/23, como a Jade e Lazuli Blue (Hermès, Lele).
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Na arquitetura, é possível ver uma clara evolução da tendência dos tons terrosos, que entrou em forte crescente durante a pandemia, quando, por estarem mais em casa, as pessoas buscaram uma estética de reconexão com as raízes, o natural, a calma e o conforto. Agora, pós pandemico, enquanto o mundo ainda lida com os sentimentos trazidos nos últimos dois anos e somados aos de ecoansiedade e mais consciência ecológica, a tendência evolui para a adoção dos tons minerais, derivados dos terrosos porém com mais vida e interessância.
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Nos ambientes mais neutros, os tons minerais aparecem como pontos focais, em sua grande maioria nos mobiliários (mais arredondados e pesados, com texturas); e também em paredes estratégicas – traduzindo uma maior elegância e ainda estilo em um espaço. Nos mais ousados, as cores da paleta são sabiamente misturadas, e graças à sua suavidade, mantém uma harmonia interessante, distanciando-se de um maximalismo infantil para se aproximar de uma vanguarda mais glam, muito vista no retail design, por exemplo.
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