A semana de moda de Copenhague já é considerada o início da temporada de Outono/Inverno 24/24, título que anteriormente pertencia à Nova York. Como nos anos anteriores, as coleções apresentadas neste evento tem como um dos requisitos a execução de plano de ação com foco em criar soluções sustentáveis, incluindo questões ambientais e sociais. O plano teve início em 2020 e atualmente se encontra no meio do período da sua segunda versão, que se estende entre 2023 e 2025.

Além disso, uma das diferenciações do evento são os desfiles simples, sem grandes espetáculos como os de cidades tradicionais do circuito, e de modelos que fogem do padrão visto ao longo das últimas décadas, de modelos altas e extremamente magras. Outra característica, que segue nesta temporada, é utilização da alfaiataria, porém com um estilo fora do clássico. Modelagens folgadas e utilização de mais de uma cor ou material na mesma peça são elementos vistos nas coleções, como as de Baum und Pferdgarten e Mark Kenly Domino Tan. A sobreposição, de Helmstedt e Mfpen, também é presente, porém em menos desfiles.

Baum Und Pferdgarten
Mark Kenly Domino Tan
Helmstedt

Junto à alfaiataria e seus tecidos, algumas marcas apostam em peças de malharia, principalmente blusões e alguns vestidos, mas a predominância de tecidos planos é imensa. O uso de jeans, visto nas passarelas de Stine Goya, Lovechild 1979, Marimekko, Munthe, vem de outras temporadas e segue forte, variando em tons de azul e sendo base para diversos tipos de estampas. Em looks menos casuais, simulantes de couro são vistos em um amplo mix de produto, como de Gestuz, J Lindeberg e The Garment; enquanto o paetê é visto em peças de Munthe, Nicklas Skovgaard, Rotate e Stine Goya, com uma formalidade elevada.

Apesar dos países nórdicos serem conhecidos no street style pelo seu uso de cores neutras, nas passarelas uma quantidade considerável de looks completos e peças específicas traziam um ponto de cor. O vermelho foi predominante em algumas coleções, incluindo as de Caro Editions, Forza Collective, Gestuz e J Lindeberg. Entre os neutros, o champagne, surgido nas coleções de Lovechild 1979, Mark Kenly Domino Tan, Marimekko e Nicklas Skovgaard, e o cinza, de Mfpen, Skall Studio e The Garment, foram as principais escolhas.

Stine Goya
The Garment
Nicklas Skovgaard

Os tons de azul, que foram a aposta da última temporada, seguiram nessa edição, com a predominância de tons claros, a exemplo do que foi visto no desfile de Munthe e Saks Potts. Entre as combinações de cores, o azul claro foi combinado por algumas marcas, a exemplo de Helmstedt, Baum und Pferdgarten e Rolf Ekroth, com tons de marrom quente, tanto no styling, quanto dentro de estampas. Outras estampas presentes incluem ainda estampas abstratas e listras, encontradas nos desfiles de Operasport e Remain.

De forma geral, as roupas apresentadas na edição de dividiam entre variedade de uso cotidiano. Essas peças possuíam formas clássicas, voltadas principalmente para ambientes de trabalho, ou de elementos casuais, com tecidos populares.  As marcas se mantiveram fieis ao estilo nórdico e àquilo que vem apresentando ao longo dos últimos anos, se consolidando no cenário mundial.

Caro Editions
Rolf Ekroth
Saks Potts
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