A personalização pode ser exercida de diversas maneiras, seja ela pela experiência de compra ou de uso do próprio produto. Com o intuito de despertar no consumidor a sensação de exclusividade e importância, marcas criam formas de atender o desejo dos consumidores por esses fatores. Investir em recursos que se alinhem com essa premissa pode render muito para as marcas. De acordo com uma pesquisa da McKinsey, os investimentos nesse setor chegam a impulsionar o crescimento da receita de 10% a 30%. Segundo outra pesquisa, da empresa Redpoint Global, um total de 70% dos consumidores afirmam preferir consumir exclusivamente de companhias que os entendam pessoalmente.

 “Segundo outra pesquisa, da empresa Redpoint Global, um total de 70% dos consumidores afirmam preferir consumir exclusivamente de companhias que os entendam pessoalmente.”

Uma das formas de personalização que vem ganhando espaço no mercado é a utilização de inteligência artificial, como a criada pela companhia PsykheDesenvolvida para plataformas de varejo eletrônico, onde a recomendação de produtos é dada de acordo com a personalidade do cliente. Determinada a partir de um teste rápido, onde são consideradas características pessoais e preferências estéticas (como a preferência por cores,estampas, silhuetas e estilos). O resultado atribuído a cada pessoa é a união de cinco categorias, subdivididas em cinco níveis – baseadas na teoria de personalidade “Cinco grandes”, criada pelos pesquisadores Oliver John Christopher Soto. As categorias utilizadas são: abertura à experiências, conscienciosidade, extroversão, agradabilidade e neuroticismo.

Após a determinação da personalidade, que é identificada por um código, são sugeridos os produtos, em um mix que conta com vestuário (de diversos segmentos), calçados, bolsas e joias, focados para o público femino. Além da personalidade, as peças podem ainda ser pesquisadas de acordo com o humor do consumidor, variando entre feliz, calmo, confiante, corajoso ou romântico. Além disso, há também a possibilidade de selecionar peças de acordo com a ocasião de uso, e, naturalmente – como toda plataforma de comércio online, por cores e preço, trazendo marcas de luxo, bem como redes de fast fashion.

Em entrevista para a Forbes, Anabel Maldonado – fundadora e CEO da Psykhe- comenta que  “A vantagem de ter formação em psicologia e experiência na indústria da moda é que isso me permite olhar para a preferência estética analiticamente – algo que realmente não foi feito antes – transformando a arte em uma ciência, permitindo-nos tornar real sentido dos dados e criar tecnologia significativa”. A partir de dados da própria plataforma, a empresa relata que há um aumento de 8 vezes do tempo de permanência graças às recomendações intuitivas do Psykhe, assim como a diminuição das taxas de devolução em 25%, atribuído ao melhor alinhamento entre o comprador e o produto, resultando assim em uma experiência satisfatória. 

 “transformando a arte em uma ciência, permitindo-nos tornar real sentido dos dados e criar tecnologia significativa”

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