Dentro dos cuidados com o corpo, o termo skincare virou sinônimo das etapas (muitas vezes extensas) de cuidados que envolvem o uso de dermocosméticos, como sabonetes de limpeza, tônicos, séruns e cremes. Há alguns anos,as gua shas, oriundas da medicina chinesa, e os rolos faciais – ambos geralmente feitos em variedades de quartzo ou outros minerais, se tornaram populares pelo seu intuito de estimular a circulação e diminuir o inchaço do rosto. Atualmente outro item, que está longe de ser uma novidade, ganha espaço no universo da beleza: as fronhas de cetim de seda. Assim como é usado o material natural, surgem inovações em outros tecidos que buscam apresentar os mesmos benefícios para a pele. Além disso, dispositivos tecnológicos também fazem parte de rotinas de beleza, direto da casa das consumidoras.
A utilização do cetim, seja ele de fibras naturais ou sintéticas, se dá como forma de prevenção de rugas causadas de forma mecânica pelo atrito da pele do rosto com o travesseiro ao dormir. Uma vez que o tecido causa menos atrito com a pele, em comparação com tecidos de algodão geralmente utilizados para a confecção de fronhas, a possibilidade de formação de rugas por esse meio se torna menor. Outro benefício, de acordo com um estudo sobre diversos tecidos, é que a seda possui uma capacidade de absorção de umidade menor do que o algodão, permitindo que os produtos aplicados na pele permaneçam nela – sendo especialmente benéficos também para pessoas com a pele seca, uma vez que o tecido previne a sua perda de hidratação natural.
Alguns fabricantes afirmam ainda que a seda possui propriedades anti-virais e bactericidas que podem auxiliar no combate à acne. Porém, apesar do material possuir tais propriedades à micronível, não existem estudos científicos que comprovem essa afirmação. Por outro lado, existem estudos que tratam sobre as propriedades antibacterianas de tecidos de seda tratados por nanopartículas de prata e que apontam tais benefícios. Assim como aplicado na seda, marcas hoje apresentam também a aplicação dessa tecnologia em materiais alternativos.
Uma empresa que apresenta produtos tratados com prata é a australiana Argie. No mercado há cerca de quatro anos, sob o nome Silvi, foi eleita a melhor fronha de 2022 por revistas como a Forbes, Marie Claire e Popsugar. Tendo fronhas toalhas de banho como os seus produtos, a companhia disponibiliza aos seus consumidores alternativas de fibras naturais (seda para as suas fronhas e uma mistura de algodão e liocel para toalhas) e sintética (poliéster para a opção vegana às fronhas de seda). Segundo a Argie, o tratamento de prata é totalmente eficaz por volta de 18 meses/50 lavagens e posteriormente diminui gradativamente. Além de opções lisas, também são feitas colaborações com artistas gráficos locais para o desenvolvimento de estampas, como a dupla de padrões desenvolvidos por Ellen Porteus.
Já quanto aos dispositivos tecnológicos, as máscaras de LED vêm ganhando popularidade nas redes sociais. A partir de diferentes comprimentos de onda, as máscaras apresentam como benefícios o combate a acne, inflamação, inchaço, sinais de envelhecimento a partir do estímulo da produção de colágeno, sendo capaz de tratar ainda pequenas feridas, segundo a dermatologista Melanie Palm para a Vogue. Apesar da sua efetividade, o acessório é indicado como um passo adicional à uma rotina que já inclua os produtos básicos em uma rotina de cuidados com a pele.
Outros dispositivos, que ainda não possuem tantos adeptos quanto a máscara, porém apresenta um potencial de crescimento de adoção, são os dispositivos como os da linha Age R da empresa coreana Medicube. Os dispositivos utilizam a tecnologia de alta frequência a fim de criar uma passagem para os produtos. Com base em estudos clínicos da empresa, há o melhoramento da absorção de dermocosméticos em cerca de 490%, considerando o uso diário por 5 minutos ao longo de 4 semanas, variando de acordo com cada aparelho da linha.
