[CASE] Rent The Runway

Com o progresso dos valores pós-materialistas nas sociedades ocidentais, em que as pessoas buscam criar memórias através dos produtos e não apenas uma emoção positiva – e muitas vezes efêmero – trazida pela posse de alguma mercadoria, buscam-se formas de inserir a sustentabilidade em todos os níveis daquilo que adquirimos. Com uma maior propensão a aceitar o compartilhamento de bens e serviços, criam-se lojas e também plataformas que prezam pelo consumo consciente, a exemplo de empresas que se inserem no setor de aluguel, que na moda pode ser encontrado sob o nome de “guarda-roupa compartilhado”.

Na Europa, encontramos o exemplo da empresa Hurr, já na América pode-se citar o exemplo da Rent the Runway. A RTR iniciou-se como uma plataforma de aluguel de roupas, tem como foco o aluguel e varejo de roupas femininas casuais e de festa (independente do dress code), trabalhando com planos de assinatura que variam a quantidade de peças a serem alugadas por vez, onde as peças que são escolhidas pelas assinantes podem ser utilizadas por um período de entre 4 a 8 dias.

Com marcas como Maison margiela, Nina Ricci, Ulla Johnson e até mesmo a brasileira FARM, a companhia que atualmente faz parte da Nasdaq – uma das maiores bolsas de valores do mundo, a plataforma sempre deu aos seus assinantes a opção de adquirir as peças solicitadas uma vez que estivessem nas mãos das consumidoras e, segundo a cofundadora da empresa Jennifer Hyman, a escolha por adquirir as peças dobrou em 2020. Acompanhando o crescimento do varejo de recompra, a RTR se diferencia por adquirir as peças diretamente das marcas, seguindo o modelo B2B, e não de consumidores, contando assim com uma ampla variedade de tamanhos.

 “ao reservar um local de hospedagem, o cliente recebia um e-mail uma oferta do serviço de concierge, acompanhado de um desconto e instruções sobre como informar o hotel acerca das peças encomendadas por meio da RTR, encontrando elas na chegada ao local. “

A plataforma conta ainda com coleções exclusivas desde 2018, contando com nomes como Prabal Gurung e Jason Wu, sob o nome de Design Collective. Para auxiliar na escolha das peças, os produtos são separados por categoria e é possível também visualizar peças associadas a alguma tendência de moda contemporânea. Os tamanhos de roupas disponíveis variam entre 30 e 54, na numeração brasileira, sendo que cada produto conta com avaliações de usuários, que auxiliam a definir qual o tamanho ideal, definindo se a peça é fiel ao seu tamanho ou não.

Em 2019 e 2021 a companhia fechou parcerias com a rede de hoteis do grupo Marriott, W Hotels, e com a plataforma TripAdvisor, respectivamente. Em ambos os casos, ao reservar um local de hospedagem, o cliente recebia um e-mail uma oferta do serviço de concierge, acompanhado de um desconto e instruções sobre como informar o hotel acerca das peças encomendadas por meio da RTR, encontrando elas na chegada ao local. 

Sobre o futuro do negócio, em entrevista à CNBC, Dana Telsey, CEO e diretora de pesquisa do Telsey Advisory Group, menciona que “ A Rent the Runway aborda os canais digitais e de segunda mão, os segmentos de crescimento mais rápido do mercado de vestuário”, demonstrando a possibilidade de recuperação dos negócios do setor de vestuário no período pós-pandêmico. A empresa ainda está apostando nas suas primeiras lojas físicas, mostrando a importância também do toque e da experiência IRL para o negócio de aluguéis.

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